A coerência está no que for lógico.
É como uma operação matemática.
Não está na simpatia.
A coerência é sistemática.
Falar algo e agir diferente é incoerente.
Como responde perguntas e age completamente diverso?
Qual o mundo que você vive?
Ou, faz isso porque pensa o inverso?
Sua incoerência me causa insegurança.
Quem ama, AMA e pronto!
Quem ama, AGE como se ama!
E, eu não sou boba para não entender isso.
Minhas falhas na memória não me impedem de identificar a incoerência.
É incoerente dizer que ama e não demonstrar.
É incoerente dizer que quer casar e não agendar.
É incoerente dizer que sente saudade e não encontrar.
Sua incoerência me causa insegurança.
Você tem dois caminhos:
levar em consideração e mudar a situação, ou
se fazer de vítima e dizer que eu só te culpo.
Sua incoerência me causa insegurança.
Se você fosse lógico, eu não sofreria tanto.
Se você fosse coerente, nada disso estaria acontecendo.
Se eu fosse esperta, a incoerência já não existiria.
Nem nós, nem laços, nem nada.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Perdeu a graça
Perdeu a graça a conversa despretenciosa.
A conversa se perdeu.
Perdeu a graça as trocas de mensagens no meio da tarde.
O linhame se perdeu.
Perdeu a graça sonhar com planos de contos de fadas.
Ainda não se chegou a um final.
Perdeu a graça viajar sem destino certo.
O perigo apareceu.
Perdeu a graça escrever cartas de amor.
O e-mail, por obrigação, me respondeu.
Perdeu a graça ser gentil.
A gentileza se perdeu.
Perdeu a graça o nosso amor sem graça.
Perdeu para o amor dos outros que é sempre melhor do que o nosso.
A conversa se perdeu.
Perdeu a graça as trocas de mensagens no meio da tarde.
O linhame se perdeu.
Perdeu a graça sonhar com planos de contos de fadas.
Ainda não se chegou a um final.
Perdeu a graça viajar sem destino certo.
O perigo apareceu.
Perdeu a graça escrever cartas de amor.
O e-mail, por obrigação, me respondeu.
Perdeu a graça ser gentil.
A gentileza se perdeu.
Perdeu a graça o nosso amor sem graça.
Perdeu para o amor dos outros que é sempre melhor do que o nosso.
Encolhida em mim
Hoje,
encolhida num mar de edredon,
a cama não me soltava,
pensamentos me prendiam
na intenção de dizer não.
A cama vazia de gente
comigo dentro e os pensamentos não me livravam daquilo ali.
Eis que surge uma energia, não se sabe de onde e diz:
levanta e vai!
A cama acolhedora
e eu encolhida com meus problemas,
e só, e sempre,
e encolhida, e só.
De um lado, solidão que me prendia,
de outro, energia e eu me rendia.
Levanto com vontade!
É preciso fazer algo.
Meu corpo não se predispõe,
meus pensamentos contraditórios.
Mas, o dinheiro desejado é o que me move dali.
Não mais encolhida.
Agora, recolhida em mim mesma,
não quero sair daqui.
Por enquanto, no momento de um tanto de reflexões,
discuto comigo mesma se não seria melhor fugir assim.
O que me toca é diferente,
não toca em você como toca em mim.
Toca como um punhal no peito,
e você não se toca que está chegando ao fim.
De volta ao mundo,
questiono se o mundo é de todos, menos meu.
Concluo que eu sou de um mundo só, só eu.
Recolhida do mundo dos outros, encolhida em mim,
busco uma resposta, no fundo, que me traga o meu Orfeu.
encolhida num mar de edredon,
a cama não me soltava,
pensamentos me prendiam
na intenção de dizer não.
A cama vazia de gente
comigo dentro e os pensamentos não me livravam daquilo ali.
Eis que surge uma energia, não se sabe de onde e diz:
levanta e vai!
A cama acolhedora
e eu encolhida com meus problemas,
e só, e sempre,
e encolhida, e só.
De um lado, solidão que me prendia,
de outro, energia e eu me rendia.
Levanto com vontade!
É preciso fazer algo.
Meu corpo não se predispõe,
meus pensamentos contraditórios.
Mas, o dinheiro desejado é o que me move dali.
Não mais encolhida.
Agora, recolhida em mim mesma,
não quero sair daqui.
Por enquanto, no momento de um tanto de reflexões,
discuto comigo mesma se não seria melhor fugir assim.
O que me toca é diferente,
não toca em você como toca em mim.
Toca como um punhal no peito,
e você não se toca que está chegando ao fim.
De volta ao mundo,
questiono se o mundo é de todos, menos meu.
Concluo que eu sou de um mundo só, só eu.
Recolhida do mundo dos outros, encolhida em mim,
busco uma resposta, no fundo, que me traga o meu Orfeu.
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